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Residentes, quase todos, nos arredores das Ruas Bahia e Timbiras, na bucólica Belo Horizonte de 1912, um grupo de rapazes empolgados com o novo esporte, que começava a virar mania, resolveu fundar um clube para a prática do futebol e passaram a se reunir com frequencia com este objetivo. Fizeram todos os preparativos e tudo se encaminhou muito bem. Mas como se chamaria o novo clube? Como não conseguiam chegar a um consenso o jeito foi fazer um sorteio, e entre Arlequim, Guarany e Tymbiras o nome contemplado foi América.
As cores do clube desde a sua fundação foram verde e branca. Os calções pretos só passariam a ser utilizados três anos mais tarde. Em 1933 foi introduzido o profissionalismo no futebol mineiro e o América, contrário a isto, em protesto, usou durante 10 anos um uniforme vermelho e branco, retomando em 1943 as cores alvi-verdes. Em 1971, foi usada pela primeira vez a atual camisa com listras verticais verdes e pretas, foi em uma partida amistosa contra o Nacional do Uruguai no Mineirão.
A primeira equipe americana foi formada por Oscar Gonçalves, Leonardo Gutierrez e Fioravante Labruna, Luiz Guimarães, Augusto Pena e Lincoln Brandão, Dario Ferraz, Waldemar Jacob e Geraldino de Carvalho.
No ano seguinte de sua fundação, em 1913, o América fundiu-se com o Minas Gerais Futebol Clube e o elenco cresceu muito. Outra adesão importante foi a ida de jogadores do Atlético Mineiro para o América, devido a problemas internos do adversário.
A primeira grande vitória foi contra o Atlético Mineiro por 1 x 0 , gol de Júlio Cunha e o primeiro amistoso interestadual foi contra o Flamengo no campo do Prado Mineiro e o América venceu por 2 x 1.
O início de um período de glórias, jamais visto pelo futebol mineiro, começou em 1º de Novembro de 1915. O América venceu a até então imbatível Equipe dos Ingleses da Mina do Morro Velho, formada exclusivamente por jogadores ingleses, por 3 x 0. Jogaram pelo América: Didico, Mário Pena e Luiz Guimarães, Kainço, Otávio Pena e Henrique Diniz, Edson Jacob, João Brito, José Borges, Oscar Monte e Mimi.
Em 1916 o América armou a poderosa equipe que conquistou o campeonato nesse ano e nos nove subseqüentes até 1925. O América se sagrava assim decacampeão estadual. Um recorde nunca ultrapassado por nenhum time brasileiro. Os heróis dessa conquista que engrandece o pavilhão americano: Didico e Gargalhada (Euclides e Celso Mascarenhas), Marute (Mário Pena), Luiz Guimarães, Kainço(Carlos Quadros), Otacílio Negrão de Lima, Francisco Mattos, Fausto Joviano, José Borges de Carvalho, Oscar Monte, Floriano Faria, Antônio A. Benjamim, Edson Jacob, Waldemar Jacob (Rato), Fausto Ferraz, Gérson de Salles Coelho, Líncoln Brandão, Augusto Pena, Honório Otoni, Manoel Hermeto, Augusto Pinto, Antônio Hermeto (Tonico), Mário Jungueira, Mário Pereira, Vicente Innéco, Camilo Pimentel, Bolivar Moreira de Abreu, Joel de Salles Coelho, Lucas Machado, Raimundo Duarte de Oliveira, Gilberto Dufles, Afonso Silviano Brandão, Geraldino de Carvalho, Henrique Den Dopper, Alcides Meira, Márcio Motta, Francisco Rodrigues da Silva, Satyro Taboada e Agenor Silva.
Em Setembro de 1922, o América inaugurou o seu primeiro estádio, onde se encontra atualmente o Mercado Municipal, mas um grande marco na vida americana foi o dia 27 de Maio de 1948, quando o Estádio "Otacílio Negrão de Lima", foi inaugurado. No mesmo ano conquistou o título de Campeão Mineiro e depois disto foi campeão também em 1957.
Lamentavelmente, na década de 60 um dirigente mediocre resolveu fechar o departamento de juvenil do América em 1964, (reaberto no ano seguinte), perdendo para o rival Cruzeiro jogadores do quilate de Tostão, Hilton de Oliveira, Wanderley entre outros que ajudaram o clube rival a montar uma das mais brilhantes equipes do futebol brasileiro.
Nessa época o América experimentou sua pior fase, perdendo a condição de principal rival do Atlético Mineiro, com quem disputava o encarniçado "Clássico das Multidões". Passou 14 anos sem conseguir nenhum título expressivo só voltando a conquistar outro campeonato em 1971. Foi nessa época que os simpatizantes do Cruzeiro ultrapassaram em número os torcedores do América. De bom dessa epóca foi também a ótima campanha no Campeonato Brasileiro de 1973, quando obteve a 7ª colocação. Porém o clube não conseguiu deslanchar, e com dificuldades financeiras vendeu parte de seu patrimonio, inclusive seu estádio. Passou por uma crise também de identidade, chegando a mudar-se provisoriamente para a vizinha cidade de Contagem e passou mais 22 sofridos anos sem grandes conquistas.
No final da década de 80 e início da década de 90 , através dos americanos José Flávio Lanna Drumond e Magnus Lívio Lucas de Carvalho , inicia-se uma fase de renascimento, com forte retomada dos investimentos nas categorias de base e contratações de bons jogadores , ano a ano o clube foi ganhando força e conquistou o Campeonato Mineiro de 1993, após 22 anos de espera. Conquistou também o Campeonato Brasileiro da série B em 1997, na administração de Marcus Vinícius Salum . O Campeonato Mineiro de 2001 e o título de Primeiro Campeão da Copa Sul Minas em 2000 além de sagrar-se várias vezes vice-campeão mineiro e obter importantes conquistas nas categorias de base.
Injustiçado por um regulamento estranho o América foi rebaixado em 1993 no Campeonato Brasileiro apesar de ter obtido a 14ª posição em um torneio com 32 equipes. A diretoria resolveu ingressar na justiça comum e o clube foi punido pela CBF, ficando impedido de disputar os torneios por ela patrocinados de 1994 até 1996. Em 1997 sagrou-se Campeão Brasileiro da Série B e retornou a elite do futebol brasileiro. Segue-se novo período de instabilidade: Disputa a série A em 1998, mas retorna para a série B em 1999, volta a disputar a série A em 2000 (Copa João Avelange) e 2001, cai novamente, disputando a série B de 2002 a 2004, o América não consegue se firmar e o time cai para a série C que disputa em 2005 e 2006.
A vocação do América se consolida como sendo a de um clube formador de grandes craques. No América foram formados grandes jogadores do futebol brasileiro e mundial como Tostão (campeão na Copa do Mundo de 1970), Éder Aleixo, Palhinha, Euller, Gilberto Silva, Evanilson, Fred (todos com passagem pela Seleção Brasileira), dentre muitos outros.
Cabe a diretoria traçar um planejamento para manter por mais tempo os jogadores que forma com tanta competência, obtendo conquistas mais significativas que consolidem e aumentem a sua torcida e eternize definitivamente o clube.
Os fundadores do clube foram Ademar Meira, Afonso Silviano Brandão, Alcides Meira, Álvaro Moreira da Cruz, Augusto Pena, Aureliano Lopes Magalhães, Caetano Germano, César Gonçalves, Francisco Bueno Brandão, Fioravante Labruna, Gérson de Salles Coelho, Guilherme Halfed, Henrique Diniz Gomes, José Miranda Megale, Leonardo Gutierrez, Leon Roussoulliéres Filho, Oscar Gonçalves e Waldemar Jacob.
1º Afonso Silviano Brandão 2º Otacílio Negrão de Lima 3º Jair Pinto dos Reis 4º Arthur Pinto Ferreira 5º Aleixanor Pereira 6º Cel. Oscar Pascoal 7º Francisco Gama Netto 8º Clovis de Magalhães Pinto 9º Cel. Antônio Ribeiro de Abreu 10º Álvaro Edward Ribeiro 11º Sandoval de Castro 12º Antônio Carvalho Bicalho 13º Saint’Clair Valadares 14º Alair Gonçalves Couto 15º Rui Gervásio de Avelar 16º Clóvis de Alencar Mattos 17º Rômulo Joviano 18º Antônio Pereira da Silva 19º Ramiro de Barros 20º Lindouro Augusto Gomes 21º Otávio Penna 22º Gerson de Salles Coelho 23º Cel. Pedro Paulo Penido 24º Carlos Quadros 25º Hugo Balena 26º Osvaldo Nobre 27º Henrique Diniz Gomes 28º - Junta Governativa formada por: Helvécio F. de Carvalho Sandoval de Castro Caetano Vasconcelos 31º Antônio Ubaldo Pena 32º Jorge Antônio Ibrahim da Silva 34º Jaime Rigueira 35º Antônio Abraão Caram 36º Mário Diniz Starling 37º Wilson Gosling 38º Afonso Celso Raso (3 vezes) 39º José de Oliveira Vaz 40º Armando Cordeiro 41º Déllio Alves Martins 42º Walter de Mello e Silva 43º Hélio Brasil 44º Amador de Barros 45º Ruy da Costa Val 46º Ilânio Starling 47º Paulo Afonso da Silva 48º José Flávio Lana Drumonnd 49º Magnus Lívio (2 vezes) 50º Marcus Salum 51º Carlos Alberto de Freitas 52º Délcio Tolentino/Milton Cabral 53º Antônio Manoel Baltazar
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