sábado, 22 de janeiro de 2011

Nas esquinas das Gerais

Nas esquinas das Gerais













Um silêncio ensurdecedor
toma conta do meu ser.
Nada posso fazer,
são suas palavras que calaram,
partiram, foram embora, me deixaram.
Sou agora o som do violão calado,
sou a imagem de um ser desolado,
estou sem eco, sem cor e sentindo frio.
Te busco nos lugares prováveis,
te acho nos mais improváveis.
A taça de vinho ainda pelo meio,
o suor e a lágrima denunciam meu anseio...
Sou agora a noite sem a lua,
sou perâmbulo, sou saudade sua,
não quero essa sombra, quero você, meu sol.
Sou um apêndice sozinho nesse lençol,
quero usar uma palavra sua,
quero dizer que vou abrir essa cortina,
que entre a luz e traga com ela você menina.
Tudo arejado como você gosta,
roupa limpa, cheiro bom, a mesa posta.
A noite, na varanda vou cantar para você,
nosso cantinho que nunca mais pude esquecer,
nossas canções que nos fazem viajar,
suas palavras que me fazem apaixonar.
Minha inconstância que te fez partir,
dúvidas que tinha e hoje não tenho mais,
medos que tive e que me deixaram incapaz
de ver você daquela forma diferente,
uma paixão bonita, forte e inocente.
Te vejo longe e como me arrependo,
de não tentar, de não buscar... eu tive medo.
Só nós sabemos nosso segredo...
estrelas, luas, sol e um outro planeta,
entrelinhas que só nós podíamos entender,
diários lindos que me fizeram te querer.
Um silêncio ensurdecedor
toma conta do meu ser.
Nada posso fazer,
são suas palavras que calaram...

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